Seis meses se passaram desde a tragédia ocorrida em 20 de agosto de 2024, quando Gabriele do Prado e sua família enfrentaram o temor de serem engolidos pela lama e arrastados pela enxurrada que invadiu sua casa, localizada às margens da BR-163, em Campo Grande. Juntamente com outras 12 famílias, Gabriele foi diretamente afetada pela inundação resultante do extravasamento de 800 milhões de litros de água de um lago artificial, que havia sido criado sem a devida autorização dos órgãos ambientais no loteamento de luxo Nasa Park.

A situação se agravou rapidamente, com a água se transformando em lama e devastando tudo em seu caminho, causando danos significativos em um raio de quilômetros. Entre os maiores prejuízos, destaca-se a devastação do meio ambiente, com áreas de preservação, fauna e flora sendo severamente impactadas.

Após seis meses de tentativas de resolução, o único avanço registrado até o momento foi um acordo de R$ 1,3 milhão destinado a 11 pequenos produtores rurais da região afetada. De acordo com informações do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), divulgadas em 13 de fevereiro, o pagamento será realizado em um ano, dividido em três parcelas a serem pagas a cada quatro meses.

Seis meses após a tragédia na barragem do Nasa Park, diversas mudanças e ações foram implementadas para garantir a segurança da população e prevenir novos incidentes. As autoridades locais e órgãos competentes têm trabalhado em várias frentes, incluindo:

1. Avaliação Estrutural: Foram realizadas inspeções detalhadas em outras barragens da região para avaliar sua integridade e segurança. Relatórios técnicos foram elaborados para identificar possíveis riscos.

2. Reforço na Fiscalização: A fiscalização sobre barragens e estruturas similares foi intensificada, com a criação de protocolos mais rigorosos para monitoramento e manutenção.

3. Planos de Emergência: Novos planos de emergência foram desenvolvidos e divulgados para a população, incluindo rotas de evacuação e procedimentos a serem seguidos em caso de novas situações de risco.

4. Apoio às Vítimas: Programas de assistência foram implementados para apoiar as vítimas da tragédia, incluindo ajuda financeira, psicológica e social.

5. Campanhas de Conscientização: Iniciativas de conscientização sobre segurança em áreas próximas a barragens foram lançadas, visando educar a população sobre os riscos e as medidas de segurança.

6. Investimentos em Infraestrutura: O governo e entidades privadas têm discutido investimentos em infraestrutura para melhorar a segurança hídrica e a gestão de recursos naturais na região.

Essas ações refletem um esforço conjunto para aprender com a tragédia e garantir que a segurança da comunidade seja priorizada.